Brasil é um país que possui grande diversidade de raças e culturas. São aspectos positivos, mas que, muitas vezes, são vistos de maneira negativa por alguns em virtude dos padrões impostos pela sociedade.
No livro Somos todos iguais?, da PAULUS, Carmen Lucia Campos auxilia crianças e adolescentes a lidar com os vários tipos de preconceitos que eles podem sofrer, principalmente nessa fase da vida.
A obra narra a história de dois primos que, embora sejam parentes, são muito diferentes. Nei é responsável, estudioso e sonha em formar-se em engenharia. Já a prima Luciana adora estar na moda e pretende se tornar uma modelo de muito sucesso. Ambos estudam em escola pública e têm a grande oportunidade de aprender alemão, sem nenhum custo, em uma escola particular da região.
Durante o curso, os bolsistas começam a enfrentar algumas dificuldades e não leva muito tempo para que eles se tornem alvos de piadas preconceituosas. “Gente, aposto que aquela garota é da favela. Olha que cabelo estranho. Será que é de verdade?”, questiona um dos alunos”. E o outro completa “E a mochila daquele menino de verde ali? Nem o lixo ia querer”.
Com esse enredo, a autora propõe sérias meditações sobre o assunto, que são complementadas com os boxes coloridos que abordam o papel das ONGs nas comunidades carentes, o significado de algumas palavras, como periferia e pobreza, e aspectos relacionados a todos os tipos de preconceito. “Perante a Constituição, todos os cidadãos têm os mesmos direitos e deveres, e discriminar alguém com base em condição social, raça, sexo, ou capacidade intelectual é crime”, afirma.
Ao final, o leitor também é convidado a refletir sobre a importância das diferenças entre as pessoas.“Já pensou o que aconteceria se as pessoas fossem iguais na aparência, nas crenças, no comportamento, nos projetos de vida? Não haveria a riqueza da diversidade, a evolução do conhecimento, trocas de experiências e crescimento pessoal dos indivíduos”, afima.