segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Algumas dramatizações do livro, Alice nos país das maravilhas


Apresentação do Clássico bilingue

Telma Guimarães nos explica na apresentação do livro como surgiu a ideia de fazer clássicos bilíngues adaptados - durante uma viagem à Itália, após comprar alguns clássicos em inglês e italiano 
como se dá o seu trabalho (que é bem mais árduo do que se possa imaginar) e qual a função de uma adaptação
“A adaptação está aí não para resumir uma obra clássica, nem para substituir sua leitura na íntegra, mas para servir como um primeiro contato, uma introdução ao universo desses textos - consagrados por séculos muitas vezes -, diminuindo distâncias e aproximando o livro dos jovens leitores.”
Com essa nova perspectiva em mente, começamos a leitura deixando alguns preconceitos de lado (okay, admito que sempre tive um pé atrás com as adaptações, assim como quase todos que conheço) e temos contato com uma Alice mais enxuta e dinâmica, mas não menos completa. Um trabalho primoroso que não permite com que nos sintamos “lesados” por alguma omissão.
Estamos diante da mesma menininha inglesa que cai na toca de um coelho branco após persegui-lo, que tem seu tamanho alterado inúmeras vezes, que encontra várias criaturas estranhas em seu caminho (como um gato que desaparece), toma um chá muito maluco com um chapeleiro, uma lebre e um esquilo, conhece uma rainha louca por cabeças e rosas vermelhas, escuta uma tartaruga lamuriosa cantar uma quadrilha muito estranha e é chamada para depor num roubo de tortas.
Nada falta nessa Alice, ela é tão completa como o é pelas mãos de Carroll; sua única diferença, como já disse acima e reforço, é sua objetividade. O excelente trabalho se repete em inglês, com um vocabulário de fácil acesso e um pequeno glossário para ajudar as crianças na compreensão de uma palavrinha ou outra; no final do livro temos as biografias de Lewis Carroll e de Telma Guimarães.
Outro ponto muito importante em Alice no País das Maravilhas e que não podemos deixar de lado são as ilustrações de Alexandre Rampazo. Cada página ilustrada é um deleite aos olhos e os detalhes em cada capítulo são apaixonantes. Em seu blog, o ilustrador fala um pouco mais sobre o trabalho: 
"Foram mais de 30 ilustrações com 3 estilos de pinturas diferentes que deram um clima particular em cada trecho da história. Para aberturas e finais de capítulos fiz em técnica mista usando óleo e colagens. Entre capítulos entraram ilustrações menores, pontuais em preto e branco onde apliquei técnicas de pincel seco, e finalmente nas vinhetas das aberturas na parte em inglês da publicação acabei fazendo algo mais estilizado com crayon e traço vetorizado."